2004/12/20

A Beladona


A Beladona é bastante vendida em Portugal, apesar do bolbo da planta ser altamente tóxico para o Homem e para os animais. O seu princípio activo é a Licorina Acetil Caramina Ambelina, e a ingestão de qualquer parte do bolbo provoca distúrbios gastro-intestinais. Se ingerido em doses altas, provoca mesmo a paragem cardíaca. Da flor emana um perfume tão intenso que é também frequente provocar dores de cabeça às pessoas mais sensíveis.


Amaryllis (o nome de uma pastora na poesia grega clássica) é o nome do género que engloba a Beladona (Amaryllis belladonna), que começou a ser amplamente cultivada no princípio do século XVIII. Originário da África do Sul, este género não deve ser confundido com o americano Hippeastrum, menos rústico do que o Amaryllis. Ambos os géneros se chamavam Amaryllis até 1984-7, altura em que se decidiu designar com este nome apenas o género sul-africano, atribuindo ao americano um outro nome.



As flores, grandes trombetas ou mais parecidas com lírios, fazem desta planta um excelente elemento de jardim e de vaso, proporcionando efeitos florais impressionantes. A beladona e os seus híbridos cobrem um alargado espectro de cores, desde o vermelho ao cor-de-rosa e ao branco. As flores robustas, com as mais variadas texturas, tornam-na visualmente ainda mais apelativa.

Quando manuseado e tratado com cuidado, um bolbo pode produzir flores durante mais de 75 anos. Bolbos de boa qualidade conseguem produzir até 12 flores numa única haste.

A altura ideal para plantar em exterior é o mês de Setembro e o princípio de Outubro. A planta prefere uma temperatura amena para crescer. No entanto, assim que floresce, temperaturas mais frescas permitirão manter a flor por mais tempo. Quando a planta é mantida em interior, floresce 6 a 8 semanas após ter sido plantada, dependendo da temperatura, da luz e da variedade da planta. Em exterior demora um pouco mais. Assim que uma das flores começa a murchar, deve ser cortada pela sua haste, poupando assim alimento que servirá a outras flores ainda em desenvolvimento e às folhas, que são o garante de alimento para as flores do ano seguinte.

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